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sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Vamos estudar português ! - 1

O profissional da saúde que queira participar de um concurso público deve ter um bom conhecimento de português já que elimina muitos candidatos então vamos estudar juntos?
Publicarei as minhas dicas.
Na verdade não é uma dica, mas um método de ensino, já que como milhões de pessoas que vem de escola pública não tem um bom português, oh língua difícil cheia de regrinhas e acredito que devamos estuda-la para sempre já que possue inuméras particularidades.
Boa Sorte! está preparado pra gastar horas com isso? mas vale a pena não só pra prestar concurso público mas pra ser um profissional que se comunica de forma clara e limpa, podendo até se diferenciar no mercado atual tão competitivo!
Quero fazer as anotações de enfermagem bem feita e sem muitos erros de português.
Sou da opinião que não se deve decorar nada e sim entender, mas depois de entendermos o assunto precisamos "guarda-lo" na mente pra fixar o conteúdo, então sempre nessas postagens terá um exercício de fixação.

Questionário

Regras de divisão silábica

1- Quais as situações em que não se separam as letras?

2- Quais as situações em que as letras devem ser separadas?

Acentuação Gráfica

3-Quais as regras de acentuação dos monossílabos tônicos?

4-Das oxítonas?

6-Das paroxítonas?

Obs: Todas as proparoxítonas são acentuadas.

7-Comente sobre o “I” ou “U” tônicos?

8-Quais as regras de acentuação gráfica nas seguintes situações:

Ditongos abertos,

Encontro “oo

Grupos gue,gui,que,qui

Formas verbais ter e vir

Obs:Cuidado com os derivados dos verbos ter e vir na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo pois deve ser usada as regras das oxítonas exemplo: conter,contém, reter,retém intervir,intervém etc.

Devemos colocar acento circunflexo sobre o e da terminação êem ( 3ª pessoa do plural) dos verbos crer,dar,ler e ver bem como nos seus derivados:descrêem,desdêem,relêem, revêem etc.

Acento diferencial

A lei 5.765, de 18 de dezembro de 1971, aboliu os acentos diferenciais, mas continuam ainda os acentos das seguintes palavras:

Côa ( verbo),
Pôr (verbo),
Pêlo,pêlos ( substantivo),
Pèlas,péla ( verbo),
Pára (verbo),
Pólo (falcão),
Pêra ( fruta),
Pôde ( verbo no passado).

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Trabalho sobre DPOC!

Introdução

A doença pulmonar obstrutiva crônica é uma doença crônica dos pulmões que diminui a capacidade para a respiração.

A maioria das pessoas com esta doença apresentam tanto as características da bronquite crônica quanto as do enfisema pulmonar.

Quando usamos o termo DPOC de forma genérica, estamos nos referindo à todas as doenças pulmonares obstrutivas crônicas mais comuns:

-Bronquite crônica;
-Enfisema pulmonar;
-Asma Brônquica;
-Bronquiectasias.

No entanto, na maioria das vezes, ao falarmos em DPOC propriamente dito, nos referimos à bronquite crônica e ao enfisema pulmonar.

Bronquite Crônica → se caracteriza por tosse produtiva (com catarro) na maioria dos dias, por pelo menos três meses ao ano, em dois anos consecutivos. Mas outras causas para tosse crônica, como infecções respiratórias e tumores, tem que ser excluídas para que o diagnóstico de bronquite crônica seja firmado.

Enfisema Pulmonar → se caracteriza quando muitos alvéolos nos pulmões estão destruídos e os restantes ficam com o seu funcionamento alterado. Os pulmões são compostos por incontáveis alvéolos, que são diminutos sacos de ar, onde entra o oxigênio e sai o gás carbônico.

Asma Brônquica → se caracteriza pela inflamação crônica das vias aéreas, o que determina o seu estreitamento, causando dificuldade respiratória.

. Bronquiectasia → se caracteriza pelo alargamento ou distorção dos brônquios. Esta distorção irreversível dos brônquios decorre da destruição do componente elástico que compõe a parede destes

Na DPOC há uma obstrução ao fluxo de ar, que ocorre, na maioria dos casos, devido ao tabagismo de longa data. Esta limitação no fluxo de ar não é completamente reversível e, geralmente, vai progredindo com o passar dos anos.

Bronquite Crônica - se caracteriza por tosse produtiva (com catarro) na maioria dos dias, por pelo menos três meses ao ano, em dois anos consecutivos.

Mas há outras causas para tosse crônica, como infecções respiratórias e tumores, tendo que ser excluídas para que o diagnóstico de bronquite crônica seja firmado, corresponde à fase mais leve da DPOC, muitas vezes o termo bronquite crônica é usado para rotular a doença do paciente com DPOC, principalmente nas formas em que há predomínio de tosse e produção de catarro.

A bronquite crônica instala-se como extensão da bronquite aguda e pode ser provocada unicamente pela fumaça do cigarro. Por isso, é conhecida por “tosse dos fumantes”, por ser rara entre não-fumantes. Mas pode ser causada por vírus, embora, em alguns casos, possa ser uma infecção bacteriana, a diferença consiste na duração e agravamento das crises, que são mais curtas (uma ou duas semanas) na bronquite aguda, enquanto, na crônica, não desaparecem e pioram pela manhã.

Ocorre quando seus minúsculos cílios param de eliminar o muco presente nas vias respiratórias, esse acúmulo de secreção faz com que os brônquios fiquem permanentemente inflamados e contraídos obstruindo o fluxo de ar. A bronquite aguda é causada geralmente por vírus, embora, em alguns casos, possa ser uma infecção bacteriana. O cigarro é o principal responsável pelo agravamento da doença. Poeiras, poluentes ambientais e químicos também pioram o quadro.

Bronquiolite


É a infecção dos bronquíolos dos bebês causada por vírus. Adultos e crianças maiores contraem bronquite; os bebês, bronquiolite. Pelo fato de seu aparelho respiratório não estar totalmente desenvolvido, bebês prematuros e menores de um ano correm riscos maior de contrair a doença.

Bronquiectasia

Caracteriza-se pelo alargamento ou distorção dos brônquios. Esta distorção irreversível dos brônquios decorre da destruição do componente elástico que compõe a parede destes.

O Enfisema pulmonar-

Corresponde à fase mais avançada da Dpoc.

O enfisema pulmonar é uma doença respiratória crônica, progressiva e de lenta evolução corresponde à destruição dos alvéolos e os pulmões.

No enfisema os alvéolos perdem parte da sua elasticidade, ou seja, a capacidade de expansão e contração eles não conseguem esvaziar-se completamente (superinflação) e dessa forma ficam impedidos de encher-se de ar fresco, a fim de proporcionar uma ventilação adequada.

O enfisema e o cigarro

Como o tabagismo é a principal causa a fumaça do tabaco e outros poluentes fazem com que haja liberação de agentes químicos dentro dos alvéolos danificando as suas paredes. Os alvéolos se transformam em grandes sacos de ar que dificultam o contato do ar com o sangue, eles perdem a capacidade de fornecer oxigênio ao sangue e deles retirar o dióxido de carbono, uma vez destruídos o tecido dos vasos a lesão se torna permanente, o dano aumenta na medida em que o tempo passa, comprometendo ainda mais a capacidade respiratória do indivíduo.

Asma

Embora a asma seja uma doença conhecida de muitos anos, ainda não há uma definição universalmente aceita.

É uma doença inflamatória das vias aéreas que é caracterizada por uma resposta exagerada (Hiperreatividade Brônquica) dos brônquios a diversos a estímulos (poluição, cigarros, alergénos). Esta resposta, ao variar em intensidade e gravidade, nos permite classificar a asma como reversível ou irreversível, em relação ao grau de obstrução das vias respiratórias, sendo uma integrante da dpoc.

A obstrução do fluxo de ar na asma se dá quando um agente irritante chega aos pequenos brônquios, a musculatura que envolve se contrai para impedir sua passagem (broncostriccção). Ao mesmo tempo, células de defesa migram para o local com a finalidade de neutralizar a agressão.

Na asma, essa resposta contra o invasor é exagerada: células inflamatórias, mediadores químicos e anticorpos liberados localmente agridem o revestimento dos bronquíolos, alteram a função dos cílios que os revestem, aumentam a produção de muco e a reatividade dos músculos responsáveis pela contração brônquica, o que causa também edema da mucosa respiratória. Desse conjunto de reações resulta o “fechamento” dos brônquios dificultando a passagem do ar.

A asma e o cigarro-

Quando a asma está associada ao cigarro e sendo uma doença inflamatória, a fumaça do tabagismo inflama (pelo calor excessivo e por conter milhares de substâncias irritantes); se o asmático produz mais catarro, a fumaça destrói os cílios que levariam este catarro pra cima (mantendo o catarro em baixo, servindo como fonte de infecção e mais inflamação); se a asma é uma doença aonde existe fechamento dos brônquios, a fumaça, as infecções e a inflamação levam o enrijecimento destes brônquios, impossibilitando que eles se relaxem e possam ser reabertos (remodelamento brônquico).

Uma importante característica da asma, que a diferencia de outras doenças com obstrução de vias aéreas é que essa obstrução quase sempre é reversível, ou seja, não fica obstruído o tempo todo, entretanto em alguns casos, se a doença não é tratada, essa inflamação e constrição permanente podem levar a perda gradual da função pulmonar com o passar do tempo já que levaria a um desarranjo das vias aéreas causando assim a uma obstrução permanente ao fluxo de ar.

Sinais e Sintomas

Os pacientes mais severos podem apresentar um padrão respiratório característico, unhas arroxeadas, dedos em baqueta de tambor ou também chamados em vidro de relógio ou hipocráticos, o emagrecimento e a atrofia da musculatura das pernas também é característico dos casos avançados.

Os sintomas são:

Tosse geralmente produtiva, cuja expectoração é mais intensa pela manhã (pigarro do cigarro) e piora durante as infecções respiratórias (gripe) sendo tosse crônica (meses ou anos).

Falta de ar, que inicialmente surge com os grandes esforços físicos piorando progressivamente ao longo do tempo, os sedentários podem perceber a falta de ar somente quando essa for mais intensa, afetando as atividades do cotidiano é comum nos quadros gripais apresentar chiados.

Mesmo sendo uma doença progressiva essa progressão é variável de indivíduo pra indivíduo alguns apresentam períodos de instabilidade onde os sintomas e a sua intensidade permanecem os mesmos então se usa o termo DPOC instável.

Os sintomas podem variar apresentando-se em fases:

Agudização ou exarcebação - onde os sintomas são mais intensos geralmente causados por infecções respiratórias vírus ou bactérias onde os pacientes chamam de “crises” sendo importante procurar ajuda médica nesses períodos, este quadro deve ser rapidamente diagnosticado e tratado, para que não evolua para a insuficiência respiratória.

A gravidade da DPOC é determinada pelo grau de limitação física e social imposta pele doença, pelo número de agudizações que o paciente sofre em um ano e pelo grau da obstrução brônquica identificada através da espirometria.

Nos números da prova de função Segundo o Consenso Brasileiro de 2004, A DPOC é classificada em quatro estágios, fundamentados nos números da prova de função pulmonar.

Estágio

Doença

VEF1

Sintomas

I

Leve

>80%

Leves ou ausentes

II

Moderada

50% - 80%

Falta de ar aos esforços físicos

III

Grave

30% – 50%

Falta de ar para atividades diárias

IV

Muito grave

<30%

Falta de ar em repouso

Causas: Como o tabagismo é a principal causa a fumaça do tabaco e outros poluentes fazem com que haja liberação de agentes químicos dentro dos alvéolos danificando as suas paredes

Diagnóstico

Quando a doença pulmonar obstrutiva crônica é leve, o médico poder não observar qualquer anormalidade durante o exame físico, exceto alguns sibilos auscultados com o auxílio de um estetoscópio, e nos casos de pacientes mais severos podem apresentar um padrão respiratório característico, unhas arroxeadas, dedos em baqueta de tambor ou também chamados vidro de relógio ou hipocráticos, o emagrecimento e a atrofia da musculatura das pernas também é característicos dos casos avançados. Sinais

O tabagismo também é investigado, se o cliente apresenta a doença quando jovem há suspeita de deficiência da alfa-1 antripisina, portanto a concentração sanguínea dessa proteína deve ser mensurada, a pesquisa da alfa-1 também é realizada nos membros da família de um indivíduo que sabidamente a apresenta. Em todos os pacientes onde a história a sintomatologia são compatíveis com a DPOC é necessários alguns exames:

Espirometria ou prova de função pulmonar (é o primeiro exame a ser solicitado)

É um exame simples, que pode ser realizado no próprio consultório médico ou em laboratórios, basta dar um assopro bem forte e comprido em um aparelho com os lábios bem colados no bocal e com o nariz tampado, esse aparelho mede os fluxos e os volumes do pulmão o diagnostico é feito quando a relação entre todo ao r que cabe no pulmão e o assoprado do primeiro segundo for menor que 70%,esse assopro (manobra) deve ser realizada após o uso de um broncodilatador, este exame serve para avaliar a gravidade da doença, bem como checar a resposta do paciente ás medicações broncodilatadoras.

Gasometria arterial –

É um exame muito importante onde é retirado sangue de uma artéria do paciente e nele é medida a quantidade de oxigênio e outros gases no sangue. Nas pessoas com DPOC, a oxigenação está freqüentemente diminuída e muitos pacientes apresentam aumento do gás carbônico do sangue, eles geralmente são severos, exacerbam com freqüência e precisam de uma atenção especial.

A medida da saturação de oxigênio é fundamental na avaliação e acompanhamento dos pacientes com DPOC. Se a saturação for maior que 90%, a coleta do sangue arterial não é necessária.

Oxímetro de pulso-

Atualmente, existe um aparelho chamado oxímetro de pulso. Ele consegue saber a concentração de oxigênio dissolvido no sangue através da pele. Esta tecnologia foi um grande avanço, pois permite uma medida não invasiva.

Tratamento

A DPOC não tem cura, mas o tratamento devolve a independência da qualidade de vida para o paciente e a harmonia para a família. O tratamento deve levando em consideração não somente a condição do pulmão, mas também de todos os outros órgãos, é muito comum o portador da DPOC sofrer de pressão alta, diabetes, problemas de coração ou outras doenças. Tudo deve estar em equilíbrio.

O tratamento dos pacientes com DPOC se baseia em:
Abandono do tabagismo, parar de fumar é a medida mais importante para os pacientes com DPOC, pois é a única que permite uma redução significativa na progressão da doença. As demais medidas de tratamento permitem o alívio dos sintomas e melhora na qualidade de vida, entretanto, não impedem a progressão da DPOC.


- manutenção da dilatação brônquica com o uso de broncodilatadores são medicações que provocam um relaxamento da musculatura da parede dos brônquios resultando em um aumento de seu calibre e alívio dos sintomas, existem várias medicações broncodilatadoras, que podem ser agrupadas, de acordo com suas características químicas e seu tempo de duração de ação, nos seguintes grupos: beta agonistas, anti-colinérgico e xantinas.

A duração desse efeito pode variar de 6 a 24 horas,podem ser utilizados por via venosa, oral ou inalatória (nebulinização ou "bombinhas). Os principais efeitos colaterais, dividindo-se os broncodilatadores com base em suas características químicas, são:

O tratamento das agudizações consiste em:

Antibióticos,

Corticóides-são medicações antiinflamatórias de origem hormonal, bastante utilizado na medicina.

Na DPOC eles são empregados, por via oral ou venosa, para o tratamento das agudizações da doença, com o objetivo de reduzir o inchaço (edema) dos brônquios, geralmente, são usados por um curto período de tempo, 5 a 14 dias.

Efeito colateral: não apresentando efeitos colaterais significativo, porém, quando o seu uso é mais freqüente ou mais prolongado, podem provocar ganho de peso (principalmente na região da face e da nuca), espinhas, aparecimento de pêlos nas mulheres, manchas roxas na pele, osteoporose e aumento da glicose no sangue. Fora do período de agudização, não há sentido em utilizar o corticóide oral ou injetável, pois não está provado que promova alguma melhora nas alterações brônquicas da DPOC.
Nos indivíduos com doença avançada e agudizações freqüentes, o uso do corticóide inalado parece reduzir o número de agudizações e melhorar a qualidade de vida, emprega-se também os broncodilatadores.

A oxigenoterapia é indicada nas agudizações mais graves, em que há uma redução da oxigenação do sangue arterial, de tal forma que os tecidos fiquem prejudicados (hipoxemia) o uso de oxigênio domiciliar também poderá ser necessário melhorando a qualidade e prolongando a vida do doente.

Prevenção das agudizações

Podem-se prevenir as agudizações com:

Vacinações -As vacinas recomendadas são: contra gripe (vacinação anual) e contra o pneumococo (vacinação a cada 5 anos),JÁ que a principal causa de agudização da DPOC é a infecção respiratória (viral ou bacteriana), desta forma, ao se prevenir essas infecções, se estará reduzindo o número de crises da doença.

uso de corticóides inalatórios,

Fluidificando as secreções para facilitando a sua expectoração Não existe uma terapia confiável para esse fim, usam-se xaropes, mas existem inúmeros tipos de “xaropes”, os, mas indicados são: os xaropes compostos de medicação broncodilatadora, Os xaropes com efeito expectorante, anti-oxidante ou mucolíticos são substâncias com capacidade de tornar a secreção brônquica mais fluída, também conhecida como "expectorantes", pois, ao tornam o catarro mais líquido, permitem a sua eliminação com maior facilidade, e também ajudam esses pacientes já que na DPOC ocorre uma produção excessiva de secreção, que geralmente é bastante espessa e contribui para aumentar a obstrução dos brônquios, tornando o indivíduo mais susceptível às infecções respiratórias, podemos destacando-se o eles o n-acetil cisteína é o que tem mostrado as últimas pesquisas. já os xaropes compostos de medicação antitussígena representam um grande risco, pois, ao interromperem a tosse, fazem com que haja acúmulo de secreção nos brônquios, podendo precipitar uma pneumonia.assim, é importante conhecer qual a sua composição de cada um.

Deve-se também evitar a desidratação que pode prevenir a formação de secreções espessas. Uma regra prática consiste na ingestão de uma quantidade suficiente de líquido que mantenha a urina clara.

Reabilitação pulmonar

É um programa multiprofissional (participação de médico, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo) destinado a melhorar o desempenho físico e social do paciente dando melhor autonomia para o paciente com doença respiratória crônica.

O programa consiste em treinamento físico (principalmente para os membros inferiores), estratégias para economizar energia física, técnicas respiratórias, correção dos distúrbios nutricionais, educação sobre a doença e apoio psicológico.

Tratamento cirúrgico

O transplante de pulmão pode ser tentado em pacientes selecionados com idade inferior a 50 anos. Nos indivíduos com enfisema grave e na fase inicial da doença obstrutiva, pode ser realizado um procedimento denominado cirurgia de redução do volume pulmonar. Trata-se de um procedimento complexo, o qual exige que o indivíduo pare de fumar pelo menos 6 meses antes e inicie um programa de treinamento intensivo. A cirurgia melhora a função pulmonar e aumenta a capacidade de realizar exercícios em alguns pacientes. No entanto, a duração dessa melhoria é desconhecida.

Prognóstico

O prognóstico para os pacientes com obstrução leve das vias aéreas é favorável, sendo um pouco pior que o prognóstico para os tabagistas sem doença pulmonar obstrutiva crônica. Nos casos de obstruções moderadas e graves, o prognóstico torna-se gradativamente pior. Cerca de 30% dos indivíduos com obstruções graves das vias aéreas morrem dentro de 1 ano e 95% deles morrem em 10 anos.

A morte pode ser decorrente da insuficiência respiratória, pneumonia, extravasamento de ar para dentro dos pulmões (pneumotórax), arritmias cardíacas (anormalidade do ritmo cardíaco) obstruções das artérias pulmonares (embolia pulmonar). Os indivíduos com a doença pulmonar crônica também apresentam maior risco de câncer pulmonar. Alguns indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica podem sobreviver por 15 anos ou mais.

Considerações da Enfermagem

  • Avaliar os efeitos colaterais dos broncodilatores,
  • Controlar a freqüência respiratória,
  • Estimular a respiração diafragmática e tosse,
  • Instalar oximetria de pulso e monitorar saturação de oxigênio capilar,
  • Estimular a ingestão de líquidos,
  • Manter o controle rigoroso da hidratação venosa,
  • Manter a cabeceira da cama elevada,
  • Encorajar as atividades até o nível de tolerância dos sintomas,
  • Encorajar a realizar o autocuidado e ajudar se necessário.

Outras Recomendações:

  • Orientar o cliente a abandonar o vício. (a suspensão do fumo impede a progressão da doença, porém não reverte o processo), fornecer informação sobre grupos de apoio.
  • A executar as tarefas enquanto estiver expirando;
  • Adote o critério de respirar com os lábios contraídos (posição de assobio), deixando apenas uma passagem pequena para o ar. Inale pelo nariz. Expire vagarosamente e com firmeza;
  • Parar e descanse assim que sentir falta de ar;
  • Inalar oxigênio suplementar sempre que necessário;
  • Planejar os afazeres, definir o meio mais eficiente e menos cansativo para executar as tarefas em casa; estabelecendo prioridades.
  • Controle-se. Mantenha um ritmo lento e contínuo para executar suas tarefas. Evite concentrá-las em determinados momentos;
  • Estabeleça períodos de descanso ao longo do dia;
  • Para vestir-se, barbear-se ou aplicar maquiagem, sente-se;
  • Sempre que possível, usar roupas folgadas, fáceis de vestir e de despir;
  • Se você estiver acima de seu peso, emagrecer, o esforço para suportar o peso excedente é grande e desnecessário.

· Nas relações sexuais, aprenda a valorizar as atitudes preliminares: conversar, tocar, beijar e afagar. Planeje sua atividade sexual para os dias que estiver com mais energia. Não tente fazer sexo quando estiver cansado (a) ou após uma refeição substancial. Peça ao parceiro (a) para ser mais ativo (a).


Trabalho da pele do recém-nascido!

Introdução

A pele é o maior órgão do corpo ela é composta de duas camadas diferentes a epiderme, a derme e o tecido subcutâneo, tendo como funções: a proteção física, ou seja, atuar como uma barreira do meio interno e o meio ambiente, regula da temperatura corporal, através das glândulas sudoríparas. Na pele também encontramos as glândulas sebáceas, que tem a função de lubrificar a pele e mantém sua flexibilidade, sobre ela está um manto protetor que é uma camada superficial sobre a epiderme que age como um hidratante natural sendo formado por gordura e por suor (seu nome técnico é manto hidropolipídico), sua função é proteger a pele da evaporação excessiva, evitando o ressecamento, mantendo a lubrificação e protegendo contra agentes externos e bacteriológicos inclusive da própria flora bacteriana normal que podem penetrar e causar infecções, o pH (potencial de hidrogênio) da pele é a sigla usada para indicar o grau de acidez desse manto.

O recém-nascido de termo tem o pH da pele ácido a partir do 4º dia após o nascimento e o pré-termo com 24 semanas de gestação ou menos não possuem essa camada protetora estando mais susceptíveis a infecções.

Qualquer interrupção na continuidade da pele significa risco de infecção já que é uma porta de entrada para microorganismos, se tornando uma importante via de contaminação, muitos dos cuidados prestados pela enfermagem ao recém-nascido que devido à imaturidade desse órgão possuem a pele mais fina, sensível e frágil comparado com uma criança maior constituindo-se um grande risco de lesão cutânea, os cuidados com a pele devem ir além do banho diário e torna-se parte integrante das intervenções da enfermagem.

Desenvolvimento


A pele do recém-nascido prematuro é imatura comparada com a dos recém-nascidos de termo. Devido à sua maior sensibilidade e fragilidade, não devem ser usados produtos que possam destruir a "cobertura ácida" da pele. A maior permeabilidade desta facilita a absorção de ingredientes, por essa razão produtos como o álcool ou a iodopovidona devem ser utilizados com cuidado e a pele deve ser lavada depois com água, pois estas substâncias podem causar irritação intensa e queimaduras químicas em recém-nascido pré-termo de baixo peso, a pele pode com facilidade sofrer escoriações e soltar-se, é menos espessa, tem menos fibras elásticas que a do recém nascido a termo, além disso, há uma maior coesão entre as camadas mais finas da pele.

A seguir enumeraremos os cuidados de enfermagem que tem como objetivo prevenir, manter e recuperar a integridade da pele do recém-nascido:

· Avaliação diária pelo menos uma vez no plantão, e sempre na admissão do bebê na unidade, a pele deve ser examinada, com atenção direcionada para o aparecimento de alguma lesão, como também os que estão em riscos de uma ruptura cutânea.

· Higienização e limpeza-Aproximadamente 6 horas ou mais após o nascimento, o recém-nascido é banhado. O banho só deve ser dados após os parâmetros vitais estarem estáveis (principalmente a temperatura) Não se deve retirar todo o verniz caseoso, que recobre a maior parte da pele do recém-nascido, pois ele ajuda a protegê-lo contra a infecção. Atualmente já se discute a real necessidade do banho nas unidades neonatais, principalmente para os recém-nascidos pré-termo com peso abaixo de 1500g, para estes se indicam apenas a remoção de resíduos e sujidades locais com água morna sem sabonete (mesmo o neutro), já que estes costumam ressecar a pele podendo surgir rachaduras. Mesmos nos bebês maiores é recomendado o uso de sabonete no máximo 03 vezes por semana e com sabonete não alcalino.

· Troca de fraldas - deve ser feita regularmente e não se deve deixar acumular urina e\ ou fezes pra evitar a dermatite causada pelo excesso de umidade e exposição a acidez da urina.A região deve ser limpa só com água sendo desnecessária a aplicação de pomadas,óleos,cremes e\ ou loções que podem causar irritação ou serem absorvidos pela a pele intoxicando o organismo, podendo ainda prejudicar a transpiração natural da pele,tomar o cuidado de enquanto á criança estiver com o coto umbilical posiciona-la abaixo do coto.

· Lubrificação com óleos-A pele do recém-nascido pré-termo é seco e apresenta reduzida capacidade de conter água, quando comparado com o RN de termo e adultos e sua hidratação é de fundamental im- portância estudos preliminares sugerem que a utilização tópica de óleos pode trazer benefício aos recém-nascidos de muito baixo peso ao proteger a integridade da pele e reforçar a função da barreira epidérmica, o uso de óleos, tais como o Petrolato, óleo de girrasol e canola, como rotina nas UTIs neonatais tem aumentado desde um estudo piloto da Stanford University envolve a aplicação de óleo duas vezes ao dia nas primeiras duas semanas de vida de pré-termos abaixo de 33 semanas, concluiu-se que eles adquiriram menos episódios de sepse e menor incidência de meningite.

Cuidados a serem tomados nos procedimentos invasivos:

· Utilizar a quantidade suficiente de adesivo ou fita para a fixação de cateteres, sondas, drenos, etc.

· Fixar com adesivo transparente antialérgico para visualizar o local da inserção quanto a sinais de infiltração e inflamação.

· Sempre que uma extremidade for usada para acesso venoso ou arterial deixar os dedos sempre visíveis.

· Se forem usados meios de imobilização atender à não restrição dos movimentos e da circulação sanguínea.

· Para retirar os adesivos utilize água morna ou óleo de amêndoas, evite o álcool e o éter.

· Usar barreiras cutâneas protetoras (protege a pele saudável e ajuda a cicatrização das escoriações) entre o adesivo e a pele á base de hidrocolóide.

· Utilizar as barreiras cutâneas só nos bebê com peso inferior ou igual a 1 kg antes de fixar o material.

· Para retirar a barreira cutânea se não conseguir com a delicadeza das suas mãos utilize água morna.

· Não use tesouras para removerem adesivos ou outros (evite cortes na pele e possíveis amputações de dedos).

Outras recomendações:

· Mudar os eletrodos do monitor cardíaco só quando não estiverem funcionantes.

· Nos recém-nascidos extremamente prematuros evitar a utilização de eletrodos na região torácica para monitorizar a freqüência cardíaca (para não lesionar).

· Alternar os locais dos eletrodos de 24 / 24h, no caso de existir lesão cutânea aberta alternar com mais freqüência.

· Avaliar a pele que fica sob os eletrodos.

· Monitorizar o bebê preferencialmente com oximetria de pulso,

· Prevenir as queimaduras e\ infiltrações principalmente quando são utilizado álcool para anti-sepsia da pele, aplique com moderação, apenas sobre a área necessária. O excesso pode ser retirado após o termino do procedimento utilizando para isso água morna, estar atento porque elas podem ser causadas também por compressas quentes, monitor transcutâneo, lâmpadas de aquecimento e bolsas de água.

· Prevenir lesões por pressão, mudando de decúbito de 2 a 3h de acordo com a estabilidade do bebê. Para os bebês muito graves ou que possuam restrição ao manuseio, é aconselhável a utilização de colchão de água, ou do tipo casca de ovo, ou até algo improvisado, colocando-se luvas de água morna sob as áreas submetidas a pressão.

· Não deve massagear proeminências ósseas que se encontrem ruborizadas.

· Utilize vestuário e roupa de cama macia e lisa.

· Prevenir a perda insensível de água mantendo o recém-nascido dentro de uma incubadora ou de uma tenda.

· Manter a temperatura ambiente de acordo com as necessidades do recém-nascido e nunca superior a 38 ºc.

Conclusão

A pele é um órgão vital, sensorial e sensível á recepção de estímulos tácteis, térmicos e dolorosos, devido à imaturidade desse órgão nos recém-nascidos a pele precisa múltiplos cuidados que vão além do banho diário. É extremamente importante à observação, a vigilância e a prestação dos cuidados da enfermagem na prevenção de lesões cutâneas, quando a pele é lesionada contribui não só para um desequilíbrio hidroelectrolítico e térmico, como também torna o recém-nascido, mas vulnerável á infecção causa essa muito comum de morbimortalidade dessa clientela (principalmente nos recém-nascido pré-termo), que podem ser facilmente prevenida através de praticas simples no manuseio proporcionando-lhes uma melhor qualidade de vida sendo um passo importante para a saúde neonatal. A pele do recém-nascido é um órgão a proteger!




Trabalho de apendicectomia

Introdução

Apêndice vermiforme ou apêndice cecal é uma pequena extensão tubular terminada em fundo cego, localizado no ceco, a primeira porção do intestino grosso ou cólon, e existe em muitos mamíferos, é um pequeno órgão linfático parecido com o dedo de uma luva, de comprimento variável, mas que dificilmente ultrapassa 8 cm. O apêndice é dotado de grande quantidade de glóbulos brancos responsáveis pela defesa do organismo.

A apendicite é a infecção aguda do apêndice Não existe prevenção pode ser aguda ou crônica:

A apendicite aguda caracteriza-se pela obstrução do ostioapendicular, o que leva a um processo inflamatório-infeccioso que pode evoluir para quadros graves, até recentemente julgava-se que as apendicites surgiam após obstrução continuada do seu do seu lúmen por uma massa sólida. Hoje se sabe que as obstruções permanentes serão responsáveis apenas por uma minoria dos casos. Por possuir seu óstio no cego, pode entrar e ficar retido um fecalito ou coprolito (pequena pedra de fezes), ou mais raramente um pequeno parasita intestinal, dificultando seu esvaziamento. Outras causas são cálculos da vesícula biliar, ou aumento de volume dos gânglios linfáticos locais. As bactérias que permaneceram na luz do apêndice produzem gases que ficam retidos na cavidade, causando distensão da parede do apêndice e dor. Este aumento da pressão dentro do lúmen do órgão, gerando isquemia (défice de oxigênio). Após várias horas de deficiência de oxigênio, a isquemia transforma-se em necrose (morte das células), que estimula maior multiplicação das bactérias. Nessas situações o apêndice ser removido através de uma cirurgia de emergência chamada de apendicectomia porque ela deve ser realizada antes que surja um orifício (perfuração) e a infecção se espalhe para toda a cavidade abdominal (peritonite Inflamação do peritônio, a membrana que reveste a parede do abdome e protege os órgãos.) uma situação altamente perigosa e frequentemente mortal de forma fulminante, constitui-se a causa mais comum de cirurgia abdominal em bebês e crianças.

Quanto à apendicite crônica, é uma doença muito rara acredita-se que ocorre Provavelmente, porque a pessoa teve um quadro de apendicite aguda resolvido com antibióticos e passou a sentir dores localizadas na fossa ilíaca direita. Por isso, o diagnóstico de apendicite crônica exige que se exclua, de antemão, a ocorrência de outras doenças que também provocam dor do lado direito. A apendicite pode ser uma doença fatal já que pode ser extremamente grave e levar à morte, se ocorrerem complicações como a peritonite generalizada ou outros quadros infecciosos importantes.

Desenvolvimento

Sintomas são:

· Dor abdominal,

O sintoma mais característico é a dor abdominal, do lado direito e na parte baixa do abdômen (fossa ilíaca direita), num ponto determinado - o ponto McBurney - que serve também de referência para a cirurgia.

· O paciente pode preferir deitar-se com os joelhos encostados no abdome para aliviar a tensão muscular na região.

Sintomas posteriores:

· Febre, geralmente permanecendo por várias horas,

· Perda de apetite (anorexia),

· Náusea,

· Vômitos,

· Constipação intestinal,

· Sensibilidade retal,

· Calafrios e estremecimento.

Diagnostico clínico:

O diagnóstico de apendicite é difícil devido ao grande número de casos que apresentam apenas alguns, ou até nenhum sintoma especifico até muito tarde na progressão da doença. As apendicites com poucos sintomas são mais freqüentes em idosos ou crianças pequenas. Outro problema é que o apêndice pode ter localizações raras, o que dificulta a atribuição de uma dor num local onde ele não seja comum (como no lado esquerdo). Contudo a apendicite se não tratada é muitas vezes mortal, e mesmo as apendicites atípicas são mais freqüentes que qualquer outra causa de ventre agudo, logo são sempre diagnosticadas cerca de 20% de falsas apendicites.

Análises do sangue poderão mostrar leucocitose (aumento da quantidade de leucócitos).

Diagnóstico Diferencial

São outras condições que podem dar sintomas que simulem uma apendicite:

1.Salpingite aguda ( infecção das tubas uterinas),

2-Doença inflamatória pélvica,

3-ITUs ( infecções do trato urinário),

4-Dismenorréia ( menstruação alterada com dores intensas),

5- Isquemia mesentérica (do intestino por acidente ou volvo),

6-Hérnia intestinal,

7-Colecistite aguda,

8-Enterocolite,

9-Gravidez ectópica,

10-Diverculite.

Exames físicos e laboratoriais:

Pressionando-se levemente o abdome na área dolorida e interrompendo-se repentinamente a pressão, a dor aumenta (sensibilidade de rebote). Ao se tocar o abdome pode ocorrer espasmo dos músculos abdominais se uma peritonite estiver aparecendo. O exame retal causa dor localizada no lado direito.

O sinal psoas é positivo - a pessoa é colocada de costas em uma posição de supino com as pernas estendidas. Unir os calcanhares ou erguer as pernas para cima causa o aumento da dor no lado direito do abdome.

Pode-se suspeitar fortemente de apendicite tendo como base os seguintes exames:

· A ultra-sonografia abdominal pode revelar apendicite.

· O hemograma completo mostra aumento da contagem de glóbulos brancos.

· O raios-X do abdome pode ou não mostrar sinais de apendicite.

O diagnóstico pode ser confirmado pelo cirurgião durante uma laparotomia exploradora. Em casos duvidosos é aconselhável uma TAC abdominal, que mostrará a parede do apêndice inchada e com edema.

Essa doença pode também alterar os resultados dos seguintes exames:

· Enema de bário

· Punção abdominal (paracentese)

· Tomografia computadorizada abdominal.

Tratamento

O tratamento é cirúrgico, a apendicectomia é uma cirurgia de médio porte, por isso, aconselha-se uma observação atenta dentro das primeiras 8 a 12 horas após o aparecimento dos sintomas, Pode ser realizado através do processo tradicional, com corte de abertura na zona abdominal, é realizada enquanto o paciente está em sono profundo (anestesia geral). Uma pequena incisão é feita na parte inferior direita do abdome e o apêndice é removido. Se um foco de infecção abscesso (acúmulo de pus em qualquer parte do organismo, que seja resultado do deslocamento ou da desintegração de tecidos.) se formou ou se o apêndice estiver rompido, o abdome será inteiro lavado durante a cirurgia e um pequeno tubo será deixado para ajudar a drenar os líquidos e o pus ou o procedimento pode ser realizado através de cirurgia laparoscópica, que deixa uma cicatriz muito menos visível, onde são efetuados três pequenos cortes para inserção de uma microcâmera de vídeo e dos três trocáteres através da parede abdominal. Um leva uma microcâmera acoplada e, pelos dois outros, passamos os instrumentais cirúrgicos. Realizada a intervenção, os resultados são os mesmos da cirurgia com campo aberto.

As vantagens da abordagem por via laparoscópica são:

Permite ver toda a cavidade abdominal e excluir eventuais doenças associadas ou doenças que nada tem a ver com o apêndice. Essa é uma vantagem, já que na cirurgia feita por um pequeno orifício, muitas vezes, é preciso localizar o apêndice sem vê-lo e, por manobras digitais, traze-lo para fora.
Vantagem ainda maior da abordagem laparoscópica usufrui os pacientes obesos com infecção da gordura subcutânea e os pacientes com peritonite generalizada (entende-se por peritonite a inflamação do peritônio, mucosa que reveste toda a cavidade abdominal), no passado, quando o processo infeccioso da apendicite havia se disseminado pela cavidade peritonial, o cirurgião era obrigado a fazer uma incisão grande no abdômen. Hoje, essa abertura tornou-se desnecessária porque a abordagem laparoscópica bem feita permite limpar toda a cavidade através dos três pequenos furos. Nesses casos, a cirurgia convencional só poderia ser realizada através de uma incisão muito maior.

As possíveis complicações da apendicite são:

· Perfuração do intestino,

· Gangrena (morte dos tecidos) do intestino,

· Peritonite,

· Abscesso (Outra medida é nos casos de suspeita de abscesso, a cirurgia pode ser adiada até que o tratamento com antibióticos reduza a infecção.),

· Sob certas circunstâncias, é preciso retirar parte do intestino, porque o organismo tenta circunscrever a infecção à custa de um bloqueio realizado com os próprios órgãos, que começam a aderir uns aos outros. Nesses casos, a abordagem cirúrgica é muito mais complexa. Por outro lado, às vezes, uma apendicite aparentemente tranqüila pode reverter em complicações graves no pós-operatório.

Cuidados da enfermagem

Para os casos de apendicite sem complicações, a cirurgia deve ser realizada o mais breve possível e exige poucos preparativos.

Pré-operatório

Os Cuidados específicos para a apendicectomia são:

· Dar apoio psicológico é outro aspecto muito importante que a enfermagem deve ter em conta já que o impacto que a situação clínica provoca no paciente e na família medo em relação à intervenção cirúrgica, é muito importante nesta fase esclarecer qualquer duvidas que a família ou o paciente apresentem, e explicar sempre todos os procedimentos com vista a diminuir a ansiedade e medo que estes possam apresentar.

  • Administração de antimicrobiano pré-operatório como medida profilática, por via endovenosa, a droga a ser utilizada deve ser de amplo espectro, eficaz contra bactérias anaeróbias e Gram-negativas.
  • Jejum, como é um caso de emergência, em que não se pode faze-lo é necessária a realização de lavagem intestinal para evitar contaminação dos campos operatórios com fezes após a anestesia (relaxamento dos esfíncteres), urgência de evacuação no pós-operatório e evitar a formação de fecaloma ou realizar a seqüência de entubação rápida (Manobra de selik: cabeceira elevada, compressão da cartilagem cricóide contra o esôfago) para reduzir a aspiração de secreções.

  • A queixa mais comum é a dor abdominal, podemos proporcionar medidas não medicamentosas para alívio da dor:

Através da promoção do conforto como por exemplo um ambiente calmo obscurecido, ensinar técnica de relaxamento o posicionamento, providenciar um pequeno travesseiro para sustentação do abdômen. Restringir Movimentos desnecessários, que geralmente aumentam a dor ao doente devem ser evitados.

· Não se aplica calor no abdômen (porque o aumento da circulação no apêndice pode levar à ruptura).

Cuidados gerais:

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  • Retirar próteses dentárias, esmalte dos dedos, adornos, brincos, cordões e pulseiras,
  • Retirar roupas sintéticas que podem conduzir energia e provocar queimaduras.
  • Soro de hidratação endovenoso em obesos, desnutridos e extremos de idade.
  • Banho com anti-séptico degermante com ênfase na região a ser operada.
  • Tricotomia (elétrica, de preferência) apenas no local da incisão o mais próximo possível do momento da cirurgia.

RESERVAS

  • Sangue compatível.
  • Vaga no CTI (instabilidade hemodinâmica e respiratória).

Trans-operatório

Os cuidados de enfermagem não se restringem somente à prestação de cuidados diretos ao paciente. Para que o procedimento cirúrgico possa ocorrer, são necessárias certas condições que a enfermagem deve prover:

Preparo da sala de cirurgia:

· Material para anestesia e cirurgia (Lap’s, soluções, pomadas, material para curativo, medicamentos, instrumental, etc.), deixando-os em local de fácil acesso;

· Testar equipamentos (Monitores, pontos de O2, vácuo, negatoscópio, etc.);

· Verificar condições de limpeza da sala;

· Posicionar equipamentos móveis (suporte para soros, baldes para lixo, escadinha, suporte de hampers, etc.);

· Observar segurança da sala como posicionamento de fios e chão molhado;

· Ajustar a temperatura da sala (entre 21°C e 24°C).

· Ajudar a equipe cirúrgica a se paramentar devidamente, entre outras atribuições.

O tempo na sala de cirurgia para uma apendicectomia tanto convencional, como laparoscópica kit ampliado e kit básico é de 2 horas e o tempo de internação é de três dias para convencional e dois dias para as demais, quando não complicações no pós-operatório.

Recepção no Centro Cirúrgico

Os profissionais de enfermagem que atuam no centro cirúrgico são geralmente os responsáveis pela recepção do paciente na sua respectiva unidade. É importante lembrar que, mesmo na área de recepção do paciente, eles deverão estar devidamente paramentados, com pijamas, sapatilhas e gorros, conforme as rotinas de infecção de cada instituição. A recepção do paciente deve ser personalizada, respeitando sempre suas individualidades; o profissional deve ser cortês, educado e compreensivo, buscando entender e considerar as condições do paciente que normalmente já se encontra sob efeito dos medicamentos pré-anestésicos.

· Na recepção operatória, o profissional de enfermagem responsável deverá:

· Realizar uma breve leitura do prontuário ou das recomendações de enfermagens vindas do setor de origem do paciente, certificando-se sobre os dados de identificação do paciente e sobre a cirurgia a que ele será submetido;

· Observar se todos os cuidados pré-cirúrgicos relacionados ao procedimento foram devidamente realizados, como a administração de medicamentos pré-anestésicos. (avaliando inclusive os seus efeitos),

· E preparo do local da pele (tricotomia) entre outros;

· Verificar os sinais vitais do paciente, comunicando ao médico anestesista ou ao enfermeiro possíveis alterações;

· Atentar para a presença e a necessidade de retirar esmalte dos dedos, adornos, brincos, cordões e pulseiras ou próteses dentárias, que normalmente são retirados antes do paciente deixar a unidade de origem com destino ao centro cirúrgico;

· Colocar no paciente gorro e sapatilhas; as roupas de cama que o cobriam devem ser trocadas por roupas de cama do próprio centro cirúrgico;

· Manter uma recepção calma, tranqüila que traga segurança ao paciente;

· Observar o comportamento do paciente: confiança, ansiedade, melancolia, insegurança, agressividade, etc.

Transporte para a sala de cirurgia

Alguns cuidados devem ser observados no transporte do paciente até a sala de cirurgia:

· Garantir a segurança física e emocional do paciente: as grades devem estar erguidas, o profissional deve posicionar-se à cabeceira da maca;

· Avaliar a expressão facial do paciente;

· Cuidados com acesso venoso, drenos, infusões;

· Não realizar movimentos bruscos e manter o paciente protegido com o lençol devido ao frio.

· Comunicar-se com o paciente;

· Garantir um transporte tranqüilo;

· Evitar conversas desnecessárias, brincadeiras, ruídos, etc. respeitando o estado em que se encontra o paciente.

Preparo para a Anestesia

Anestesia - pode-se empregar a anestesia geral, a raquianestesia ou o bloqueio peridural. A anestesia geral, por permitir maior relaxamento muscular, é a mais adequada, Durante a anestesia, os cuidados são basicamente prestados pelo anestesista, cabendo à enfermagem:

· Posicionar o paciente adequadamente para que ele possa aplicar o anestésico;

· Dar apoio ao paciente;

· Disponibilizar material e drogas anestésicas;

Assistência de Enfermagem no CRPA

O principal objetivo da enfermagem nessa unidade é cuidar do paciente no atendimento imediato das suas necessidades humanas básicas, a fim de que haja pronto restabelecimento das funções orgânicas vitais.

· Solicitar a presença de um anestesista,

· Permanecer na sala de CRPA até o paciente recuperar 50% a 75% dos sinais vitais;

· Avaliar sinais vitais de 15 em 15 minutos, depois de 30 em 30 minutos;

· Avaliar oxigenação, estimulando o movimento respiratório;

· Observar ocorrência de vômitos, lateralizar a cabeça;

· Limpar vias aéreas e aspirar se necessário;

· Manter vigilância, manter curativo limpo e seco;

· Tomar medidas para aliviar a dor;

· Realizar balanço hídrico;

· Proporcionar conforto e segurança;

· Informar a família sobre o estado do paciente.

Pós-operatório:

· Promoção da limpeza e ordem de todo o ambiente,

· Arrumação da cama “tipo operado”,

· Limpeza e arrumação da mesa da cabeceira,

· Trazer suporte de soro e coloca-lo ao lado da cama,

· Deixar oxigênio com equipamento completo.

Ao receber o paciente no quarto.

· Transporta-lo da maca para a cama com o auxílio de outros funcionários,

· Manter a cama em posição horizontal,

· Cobri-lo e agasalha-lo de acordo com a necessidade,

· Verificar na papeleta as anotações de centro cirúrgico.

· Deixar o paciente sem travesseiro e sem levantar a cabeça pelo o menos por12 horas.

· Enquanto estiver semiconsciente, mantê-lo sem travesseiro com a cabeça voltada para o lado.

· Observar o gotejamento do soro e sangue- Observar estado geral e nível de consciência.

  • Observar continuamente o funcionamento adequado dos tubos de drenagem (drenos de Penrose ou tubulares), se houver, verificando volumes e demais características do material drenado, com especial atenção para o aparecimento de fezes no líquido drenado ou nas gazes de curativo (qualquer anormalidade deve ser comunicada ao cirurgião).

· Verificar o curativo colocado no local operado, se esta seco ou com sangue.

  • Manter o curativo fechado por 24 – 48 horas,
  • Na troca do curativo, lavar as mãos antes e depois do procedimento e utilizar técnica estéril. Usar apenas solução fisiológica, não estando indicadas à utilização de soluções alcoólicas ou iodadas, que podem irritar o local.

  • Manter o paciente internado o menos tempo possível, estimulando a mobilização.

  • Restringi-lo no leito com grades para evitar que caia,

  • Se estiver confuso, restringir os membros superiores para evitar que retire soro ou sondas,

· Observar sintomas como: palidez, sudorese, pele fria, lábios e unhas arroxeados, hemorragia, dificuldade respiratória e outros, porque podem ocorrer complicações respiratórias e circulatórias.

· Controlar, pulso, temperatura, respiração e pressão arterial.

· Fazer anotação na papeleta,

· Ler a prescrição medica, providenciando para que seja feita.

· Qualquer sintoma alarmante deve ser comunicado imediatamente.

· Os líquidos e alimentos por via oral são reiniciados quando forem tolerados.

Conclusão

Prognóstico

A maioria dos pacientes procura o pronto socorro dentro de 12 a 48 horas por causa da dor abdominal. Em casos muito raros, um baixo nível de inflamação pode persistir por vários dias antes do diagnóstico ser feito, especialmente em pacientes diabéticos, imunossuprimidos (pessoas com resistência imune baixa) e idosos.

Os pacientes que se submetem à cirurgia freqüentemente ficam no hospital durante dois ou três dias (se o apêndice não supurou). As pessoas que se submeteram a uma apendicectomia normalmente se curam completamente.

Em casos de apendicite supurada, a permanência no hospital é normalmente mais prolongada. Embora seja raro, uma pessoa pode morrer de apendicite se o apêndice supurou e espalhou a infecção para o abdome e para o sangue.

Considerações da enfermagem

Um dos cuidados é dar orientações ao cliente e a seus familiares é dar orientações que ajudaram após a alta, ou seja, quando este se encontrar em ambiente domiciliar.

Informar que poderá retomar todas as atividades normais dentro de duas a quatro semanas.

Devem ser dadas todas as instruções de rotina relativas a vigilância da ferida operatória que são:

Se estiver com sutura (pontos):

· Manter a ferida seca e limpa,

Se não estiver com o curativo,

· Deve-se lavar com soro fisiológico e secar suavemente com gaze estéril,

· Se molhar o curativo, troque-o, mas lembre-se que isto deve ser realizado com soro fisiológico cubra com gaze e coloque esparadrapo hipoalergênico e gaze estéril.

Após a retirada da sutura:

Depois de removidas as suturas, a ferida, embora pareça cicatrizada, ainda é sensível e deve continuar a cicatrizar por várias semanas. Por isso:

· Mantenha a linha de sutura limpa, não esfregue vigorosamente, seque apalpando as bordas da ferida que podem parecer vermelhas e estarem ligeiramente elevadas, isso é normal,

- Massageie delicadamente as bordas da ferida utilizando um óleo para bebê suave ou vaselina duas vezes ao dia,

- Se o local ainda permanecer vermelho, espesso e doloroso, e apresentar quaisquer sintomas indicativos de infecção como:

· Edema,

· Vermelhidão,

· Estrias vermelhas próximas da ferida,

· Pus drenagem ou odor fétido,

· Calafrios ou temperatura maior que 37,7.

Consulte seu médico o mais rapidamente possível.

· Mantenha a linha de sutura limpa, não esfregue vigorosamente, seque apalpando as bordas da ferida que podem parecer vermelhas e estarem ligeiramente elevadas, isso é normal,

· Evite exercícios vigorosos e levantamento de objetos pesados.

A apendicite é uma emergência, e requer atenção imediata. Em geral, quando o médico faz o diagnóstico de apendicite, a família acha que o doente não correrá risco algum, porém podem ocorrer complicações tanto no tratamento quanto no pós-operatório.

Para evitar o risco de uma apendicite supurada, deve-se procurar um pronto socorro imediatamente para ser avaliado por um cirurgião geral se a pessoa tiver sintomas de apendicite.